ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória
que não tem cura e extremamente invasiva.
Atinge as fibras nervosas responsáveis pela
transmissão de comandos do cérebro a várias
partes do corpo, provocando um descontrole
interno generalizado.
Muitas vezes o termo esclerosado é usado para
as pessoas que perdem a memória ou apresentam
outras confusões mentais quando vão envelhecendo.
Não tem nada a ver!
A esclerose múltipla não tem nenhuma relação com
as limitações que surgem com o envelhecimento.
Trata-se de um problema comum em adultos jovens,
na faixa de 20 a 50 anos.
Entre os principais sintomas da doença estão
comprometimento da memória, depressão,
dificuldades de movimentos, fala e deglutição,
dores articulares, dormências, fadiga intensa,
mudanças de humor, paralisia total ou parcial de
uma parte do corpo, perda da visão em um ou ambos
os olhos, queimações, sensações de formigamento.
tremores e tonturas.
A forma mais comum de esclerose múltipla é a
recorrente-remitente (quando os surtos podem deixar
seqüelas ou não).
A primário-progressiva é a pior forma de esclerose,
onde a evolução da doença é galopante.
A rápida progressão pode causar paralisia dos membros,
perda da visão ou demência se não for tratada a tempo.
A ciência ainda não descobriu a causa da doença nem
sua cura (atribui-se à doença a uma reação auto-imune do
organismo, que em algum momento e por algum motivo,
começa a atacar o Sistema Nervoso Central).
Ainda não se sabe o porquê do ataque ao Sistema Nervoso
Central, que é dirigido à mielina, uma substância gordurosa
que cobre as fibras nervosas do cérebro e facilita a comunicação
entre as células. Esse ataque acontece silenciosamente e recebe
o nome de desmielinização (o processo de destruição das camadas
da mielina).
Uma vez que as camadas da mielina vão sendo destruídas, as
mensagens que saem do cérebro são atrasadas ou bloqueadas
de vez, alterando, assim, o funcionamento da região que esperava
um comando de ordem. Onde quer que a camada protetora seja
destruída, forma-se um tecido parecido com uma cicatriz.
Daí o nome esclerose. E é múltipla, pois atinge várias áreas
do cérebro e da medula espinhal.
A gravidade de cada caso está relacionada com a área afetada.
Se atinge a medula, o paciente geralmente manifesta fraqueza,
dormência ou paralisia dos braços e pernas. Não se tem como
avaliar o desgaste da mielina; por isso, o diagnóstico é
basicamente clínico, baseado nas queixas dos pacientes,
em seu histórico médico, na avaliação dos sintomas e na
existência de sinais neurológicos (através de testes para
avaliação de coordenação, reflexos e sensibilidades).
Exames como ressonância magnética, avaliação do líquido
da medula espinhal (líquor) e potencial evocado também
são fundamentais neste momento.
•A atenção da família e de pessoas próximas é essencial
ao doente.
Como o indivíduo perde a capacidade de fazer coisas simples,
o apoio familiar ajuda a manter sua vida quase normal e sua
saúde mental em melhor condição.
•É importante controlar o estresse físico e emocional.
Sessões de fisioterapia auxiliam no tratamento.
Procurar reduzir o excesso de peso e praticar algum tipo
de atividade física (caminhada, hidroginástica, por exemplo).
A luz no fim do túnel
Atualmente não existe a cura para a doença. Entretanto,
como vimos, as pesquisas não param.
Existem avanços na área e novos medicamentos que possam,
pelo menos, tornar os efeitos da esclerose múltipla menos
agressivos. É o caso dos remédios chamados imunomoduladores
e imunosupressores (capazes de aliviar ou reduzir os sintomas
da esclerose).
O acompanhamento terapêutico também é fundamental ao
paciente de esclerose múltipla, cuidar da mente é tão
importante quanto tomar a medicação correta.
O sistema imunológico é ativado toda vez que enfrentamos
uma situação de estresse grave.
Avisado de que algo está errado em nosso organismo, ele
começa a vasculhá-lo na tentativa de identificar invasores
como vírus e bactérias.
Por fim, acaba atacando a bainha de mielina que envolve
os neurônios.
Com a estabilidade emocional, 85% dos surtos podem ser reduzidos.
Psicoterapia e terapia ocupacional são indicadas para organizar
os pensamentos e as atividades”.
Não há como prevenir a esclerose múltipla. Nem se pode afirmar
quem ou não é propenso à doença. A recomendação é manter
uma dieta equilibrada.
E para aqueles que já foram atingidos pelo mal, uma dieta adequada
é recomendada.
•As fibras presentes em cereais integrais e leguminosas ajudam a
fazer a digestão.
•Dietas de baixo teor de gorduras saturadas (presente em produtos
de origem animal)e ricas em ômega 3 podem retardar a evolução da
doença (baseado em estudos realizados).
•Evite ingerir alimentos duros, pois são difíceis de digerir e podem
provocar engasgos.
•Refeições pastosas ou líquidas (purês e/ou sopas) são as mais
recomendadas.