sábado, setembro 17, 2011
Medo de que?
Esse texto é de um portador de esclerose múltipla
e faz parte de um vídeo que acho até que já postei aqui...
Mas depois de ler mais uma vez, resolvi postar...
Diz muito, muito mesmo...
O medo era meu companheiro constante,
eu vivia com medo de perder o que tinha
ou de não conseguir o que queria ter.
E se meus cabelos caírem?
E se eu não conseguir comprar a casa que eu quero?
E se eu engordar, ficar flácido e deixar de ser atraente?
E se eu tiver uma deficiência física e não puder jogar bola
com o meu filho?
E se eu ficar velho, frágil e não tiver nada a oferecer aos
que me rodeiam?
Mas a vida ensina a quem quer aprender e hoje eu sei.
Se meus cabelos caírem, vou ser o careca mais simpático
e agradecer pelas idéias que a minha cabeça produzir,
apesar da falta de cabelo.
Não é a casa que faz alguém feliz, um coração infeliz
não se sente melhor em nenhuma casa, mas um coração em paz
torna qualquer casa feliz.
Se eu dedicar mais tempo a me desenvolver emocional, mental e espiritualmente, em vez de só me preocupar com o físico,
vou me sentir cada vez mais atraente.
Se uma deficiência física me impedir de ensinar meu filho
a encestar uma bola, vai me sobrar tempo para ensinar-lhe
a resolver os problemas da vida, o que é um aprendizado
muito mais útil.
E se a idade for me roubando as forças, a agilidade mental
e a resistência física, posso oferecer aos que conviverem
comigo a força das minhas convicções, a profundidade do meu amor
e a solidez espiritual de uma alma cuidadosamente esculpida pelas arestas de uma longa vida.
Se o destino me trouxer perdas e desilusões, vou enfrentar os desafios com dignidade e determinação, porque são muitas as dádivas de Deus e posso substituir cada dádiva perdida por outras dez que eu nunca perceberia se a vida sempre fosse um mar-de-rosas.
Quando eu não puder mais dançar, vou cantar com alegria, quando não tiver mais forças para cantar, vou ouvir as músicas de que mais gosto.
Quando minha respiração for apenas um leve sopro, vou pensar nos meus entes queridos e meu coração vai se aquecer de amor.
E quando a luz mais brilhante se aproximar, vou rezar em silêncio e entrar nela.
Então terá chegado a hora de ir ao encontro de Deus
e vou ter medo de quê?
(David L. Weatherford)
domingo, setembro 11, 2011
Ser ou não ser...
Na saúde fala-se muito em qualidade de vida...
Mas é algo que abrange tantas pequenas coisas
que fica complicado decidir pelo que nos é ofertado...
Eu particularmente tenho me questionado e muito
quanto ao tratamento que estou seguindo...
Se de fato a medicação está controlando a doença,
coisa que eu não sei...
O que adianta eu viver sofrendo com os efeitos
dessa mesma medicação?
Passo pelos menos 3 dias na semana, sentindo dores
terríveis, um tremendo mal estar...
Como se eu estivesse sempre de ressaca...
Na minha humilde maneira de pensar, de uma pessoa
comum, simples, que quer uma vidinha normal, remédio
tem que resolver o problema... tirar a dor... te dar
condições de viver sem sentir nada de ruim...
Mas se longe disso, ele quase te mata... Pra que
fazer uso de tal bomba??
Sinceramente... Vou conversar com meu médico...
Se for pra viver desse jeito, prefiro parar com essa
medicação e deixar que a vida siga seu curso normal...
Quero trabalhar, dirigir, tomar um copo de vinho, dormir
por estar cansado do que vivi durante o dia...
Coisas tão simples...
É o direito de viver... Viver com qualidade... Dignidade...
Morrer? Todos nós vamos um dia e acredito que com hora e
dia, marcados no momento em que nascemos...
Portanto... Que me deixem viver o que tenho direito...
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